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AMAZONIALIDADE: Como o peixe Pacu foi parar na Irlanda? E as consequências da exploração de bauxita.

Foto do escritor: Solano FerreiraSolano Ferreira

Foto: Divulgação

Pacu
O peixe Pacu encontrado na Irlanda pertence ao bioma Amazônico

Peixe da Amazônia aprece morto em lago irlandês


A aparição na Irlanda de um exemplar do peixe Pacu, oriundo da bacia Amazônica, está intrigando cientistas que buscam entender como o peixe foi parar no Lago Garadice, localizado a aproximadamente 140 quilômetros da capital Dublin.


Quem encontrou o peixe foi o proprietário de uma pousada, o empresário Steve Clinch que acredita que foi colocado vivo vindo a morrer posteriormente. Após retirar o Pacu, Clinch comunicou às autoridades locais que recolheram e levaram para inspeção, por ser uma espécie exótica para a região.


O caso é investigado pelo instituto Inland Fisheries Ireland, órgão que faz gestão e conservação dos recursos hídricos daquele país. Uma das hipóteses em investigação é que o Pacu da Amazônia pudesse estar num tanque particular. O peixe tem cerca de dois quilos e está conservado em câmara fria do laboratório que está fazendo a análise.


Até o momento apenas um exemplar foi recolhido e não existe informações da existência de outros.



Exploração madeireira em área de assentamento agroextrativista no Amapá

A exploração madeireira no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Macará, no estado do Amapá, é suspeita de violação dos direitos extrativistas em detrimento de empresários locais, conforme apuração do InfoAmazônia.


Em 2023, a empresa TW Forest obteve contratos de manejo florestal por meio da Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Maracá. De posse desses contratos, a empresa conseguiu junto ao governo estadual a Autorização de Exploração Florestal, mesmo com três pareceres técnicos contrários ao negócio.


O INCRA e a Secretaria de Estado do Meio ambiente apontaram viés empresarial do projeto sendo que a exploração deveria ser de cunho comunitário. Documentos também apontam para os riscos de danos socioambientais e econômicos com provável esgotamento de recursos florestais para os assentados.


Outra suspeita é que tenha ocorrido interferência política, sendo que o superintendente que assinou a autorização é ligado ao senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).



Carimbó completa 10 anos como patrimônio cultural


A dança tradicional do estado do Pará e de outros lugares da Amazônia, o Carimbó, completa no próximo mês de setembro, dez anos como patrimônio cultural imaterial do Brasil.


Conhecida por ser uma dança alegre com bailado intenso e roupas coloridas, o Carimbó é uma mistura de tradição indígena com outras culturas regionais, resultando numa expressão artística própria paraense.


O Carimbó também é visto como uma representação da resistência e do atravessamento de diversas culturas históricas da região Amazônica.


Indígenas e quilombolas sofrem os impactos da mineração de bauxita no Pará

O “Guilhotina”, produção do Le Monde Diplomatique Brasil, detalha o caso de Oriximiná (PA), maior produtor de bauxita do Brasil, e como milhares de quilombolas e ribeirinhos sentem os impactos negativos da atividade da Mineração Rio do Norte (MRN) há 45 anos.

Apesar da riqueza gerada pela exploração do minério, as populações tradicionais como indígenas e quilombolas tem herdado apenas as consequências do negócio.


O minério de bauxita é matéria prima para a produção de alumínio que serve para o processo de industrialização de diversos produtos importantes como: células de combustível de hidrogênio, pás de turbinas eólicas, painéis fotovoltaicos, embalagens diversas e a infraestrutura de transmissão de energia.


Por ser condutor de baixo carbono, a procura pelo alumínio vem crescendo, porém o produto é obtido a partir da mineração de bauxita, que como todo processo de lavra causa grandes impactos socioambientais.


Por Solano Ferreira - Jornalista atuante na Amazônia.

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