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Açaí de Bailique (AP) conquista Indicação Geográfica

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • 11 de abr.
  • 3 min de leitura

Este é o terceiro registro concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para o produto. No total, já são 131 IGs reconhecidas em todo o país 

Reprodução: Central das plantas
Reprodução: Central das plantas

O açaí de Bailique, no estado do Amapá, conquistou o registro de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na categoria Indicação de Procedência. Com a publicação, passam a ser 131 IGs brasileiras reconhecidas no país, sendo 102 por Indicação de Procedência e 29 por Denominação de Origem – além de outras 10 estrangeiras. 


"Nós estamos muito felizes com esse reconhecimento do processo de indicação geográfica. Vai ajudar bastante para a gente poder valorizar, buscar agregação de valor ao açaí da nossa região do Bailique, além de abrir acesso a novos mercados, principalmente o mercado internacional", aponta o produtor da região, Amiraldo Picanço. 


Além do açaí de Bailique, outras duas regiões já possuíam esse reconhecimento: o açaí de Codajás (AM) e de Feijó (AC), o primeiro registro de Indicação Geográfica para esse produto no Brasil. Para a coordenadora de tecnologia portadoras de futuro do Sebrae, Hulda Giesbrecht, a IG mobiliza toda a cadeia produtiva da região.


"O registro de Indicação de Procedência concedido a essas regiões reconhece que elas se tornaram conhecidas em função da produção de açaí de forma específica , além de estimular o envolvimento de lideranças locais, produtores, agricultores e associações em preservar esse patrimônio", explica Hulda. 


Indicações Geográficas 


As Indicações Geográficas (IG) são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Elas possuem duas funções principais: agregar valor ao produto e proteger a região produtora. 


O sistema de Indicações Geográficas promove os produtos e sua herança histórico-cultural, que é intransferível. Essa herança abrange vários aspectos relevantes: área de produção definida, tipicidade, autenticidade com que os produtos são desenvolvidos e a disciplina quanto ao método de produção, garantindo um padrão de qualidade. Tudo isso confere uma notoriedade exclusiva aos produtores da área delimitada.


Inova Amazônia SummitO registro da IG de Bailique será entregue formalmente aos produtores no Inova Amazônia Summit, evento do Sebrae de promoção da bioeconomia sustentável e inclusiva. A edição de 2025 será realizada na capital do Amapá, entre os dias 22 e 24 de maio. O encontro aborda inovação em bioeconomia, sustentabilidade, startups, deeptechs, investidores, e cadeias de valor correlacionadas. 


O Inova Amazônia é o maior programa de aceleração de startups da bioeconomia na Amazônia. Além de estimular um crescimento sustentável dos pequenos negócios, o Inova incentiva ações de proteção da floresta, distribuição de riquezas e promove melhoria de vida das populações locais. 


Sobre o fruto


O açaí é uma espécie nativa das várzeas da Região Amazônica, especificamente da Venezuela, Colômbia, Equador, Guianas e Brasil (nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins). Do fruto é extraída a polpa, que pode ser utilizada para a produção de vinho, além de servir como acompanhamento de diversos outros pratos. 


Na Amazônia, o açaí é consumido tradicionalmente junto com farinha, peixe assado ou camarão. Pesquisas de laboratório comprovaram que o fruto possui características únicas que contribuem para a saúde. O fruto tem significativas quantidades de antocianina, nutriente responsável pela sua coloração roxa. 


Essa substância evita a degeneração celular e reduz o risco de problemas cardiovasculares. O açaí possui grande importância cultural e social nas regiões, onde existem cooperativas que buscam ampliar o escoamento da produção e a qualidade de seus produtos, aumentando assim o preço de venda.

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