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Ciclos da água têm impacto direto na segurança alimentar de comunidades ribeirinhas da Amazônia

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • 21 de ago.
  • 2 min de leitura

Livro alerta para a necessidade de enxergar a água como elemento essencial em todas as etapas da alimentação

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Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil


Nos períodos de cheia, as comunidades ribeirinhas da Amazônia ficam mais expostas à insegurança alimentar. Em média uma em cada três pessoas afirma pular uma refeição. Isso porque, diferentemente da seca, quando os peixes ficam mais concentrados em um local, na cheia eles estão mais espalhados, o que dificulta a pesca. Mas as secas severas, como as de 2023 e 2024, também prejudicam as comunidades, sobretudo por dificultarem o transporte de barcos com alimentos vindos de fora.


Esses são alguns dados que demonstram a relação profunda dos ciclos da água com a segurança alimentar da população e que fazem parte do livro “Alimentação: avanços e controvérsias – Água, Planeta Terra”. Lançada na quarta (6), a obra é a quinta edição da Coleção Verakis – visão plural da alimentação e reúne artigos de pesquisadores do Brasil e Europa e apresenta a água como um elo entre cultura, saúde, ambiente e economia.


Outro tema tratado na publicação é a pegada hídrica na produção de alimentos, em especial da carne. A produção de 1 kg de laranja leva em média 50 litros de água, enquanto a de 1 kg de carne leva 15.000 litros. Isso reforça a importância do consumo equilibrado e a preferência, quando possível, por ingredientes de base vegetal e produções agrícolas sustentáveis.


A obra também apresenta pilares da gestão sustentável da água, que inclui elementos como o desenvolvimento de capacidades técnicas para a execução de projetos que garantam a disponibilidade de água potável no futuro. Como exemplo, os desafios na produção agrícola podem ser parcialmente contornados com reciclagem da água da chuva ou dessalinização (remoção do sal da água do mar) ou pela busca por espécies mais resistentes às novas condições hídricas decorrentes das mudanças climáticas.


Juliana Grazini dos Santos, presidente da Fundação Verakis e uma das organizadoras do livro, conta que a água ainda é desvalorizada, mas que esse pensamento precisa mudar. Isso porque ela está inserida em todos os aspectos da alimentação, desde o nascimento das plantas e animais que servirão como alimento até o processo de ingestão e digestão em nosso organismo. “As pesquisas deveriam se atentar mais ao papel da água, não só para tratar de doenças, mas também para preveni-las”, aponta.


A doutora em popularização científica ainda completa que uma abordagem integrada sobre o papel da água poderia facilitar a valorização desta substância essencial para a existência de vida no planeta Terra. “Saber de onde vem a água que bebemos, o quanto usamos dela para que um alimento chegue à nossa mesa e qual é o seu ciclo é extremamente valioso para entendermos a importância e mudarmos a concepção de que a água é algo conquistado para sempre”, finaliza Juliana.



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