top of page

Consideradas extintas, antas são vistas no Rio após 100 anos

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • 14 de jan.
  • 3 min de leitura

Último registro do animal no estado foi feito em 1914

Foto: Ascom-Instituto Estadual do Ambiente/Divulgação

Pela primeira vez em 100 anos, antas (Tapirus terrestris) foram flagradas em vida livre no território do estado do Rio de Janeiro pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O animal, que é o maior mamífero da América do Sul, até então considerado extinto na natureza fluminense, era encontrado somente em instituições de proteção à fauna e em pontos de introdução na natureza com indivíduos nascidos em instalações assistidas.


O flagrante foi feito por meio de armadilhas fotográficas disponibilizadas pela Vale ao Inea, por meio de parceria firmada em 2020, na qual se desenvolvem ações de proteção ecossistêmica aliadas à conservação da biodiversidade nas áreas de abrangência do Parque Estadual Cunhambebe.


Os 108 registros, feitos pelas dez câmeras instaladas em uma unidade de conservação administrada na Costa Verde, flagraram grupos com até três indivíduos em uma única captura, além de uma fêmea com filhote – o que sugere uma população bem estabelecida da espécie na região. A redescoberta é resultado do trabalho de conservação da biodiversidade da Mata Atlântica, que oferece um habitat preservado para a anta e outras espécies-chave, como a onça-parda (Puma concolor). “É a primeira vez, em dez décadas, que são flagrados, registrados e monitorados no Rio de Janeiro tais animais em total vida livre, ou seja, indivíduos que não dependeram de ação humana direta ou projetos de reintrodução de fauna,” diz o Inea.


Segundo o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, as unidades de conservação estaduais são responsáveis pela proteção direta de quase meio milhão de hectares de Mata Atlântica no território fluminense. "Em episódios como esse, nos certificamos de que estamos no caminho certo. Essa redescoberta é um marco não só para o Rio de Janeiro, mas para a ciência", afirmou Rossi.


A anta-brasileira é um mamífero terrestre, que pode pesar até 250 quilos e se destaca por sua adaptabilidade e importância ecológica, pois potencialmente age como dispersora e predadora de sementes, o que contribui com a manutenção de seu habitat natural e, consequentemente, desempenha papel vital no ecossistema.


Sua capacidade de se movimentar com facilidade em diferentes tipos de terreno, incluindo áreas alagadas e encostas íngremes, aliada à sua habilidade como nadadora, a torna bem adaptada a evitar predadores.O último registro do animal no estado do Rio tinha sido feito em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, sendo consideradas as principais causas para seu desaparecimento a perda de habitat, a caça e exploração desenfreadas e a urbanização. Atualmente, a espécie encontra-se incluída na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas como vulnerável.


“Apresentar esses registros da anta, após mais de 100 anos classificada como extinta no estado do Rio de Janeiro, é um momento histórico e significativo. A partir do material capturado pelas armadilhas fotográficas, é possível promover estratégias eficazes de conservação e conscientizar a sociedade sobre a importância da biodiversidade e do fortalecimento dos ecossistemas locais”, afirmou o presidente do Inea, Renato Jordão.

Parque Cunhambebe


Segundo maior parque do estado, o Cunhambebe abrange quase 40 mil hectares de áreas naturais protegidas.


Além das ações de proteção ambiental, o parque se destaca por suas iniciativas consistentes em educação ambiental, promovendo uma aproximação efetiva com as comunidades do entorno e incentivando a pesquisa científica. Essas ações não apenas fortalecem a conservação da biodiversidade, mas também engajam a sociedade na valorização e preservação dos recursos naturais.


Por Agência Brasil

Comments


Quem somos

O Blog MUNDO E MEIO é um canal de comunicação segmentado para o jornalismo ambiental, sustentabilidade, economia responsável, pesquisas que apresentam resultados transformadores, tecnologias e inovações que ajudam na vida sustentável.

Enfim, somos guiados pelo interesse coletivo visando a vida equilibrada neste planeta, de forma que as futuras gerações encontrem condições naturais e humanas que garantam a continuidade dos ciclos vitais.

Presamos pela verdade, pelo jornalismo ético e acreditamos que é possível melhorar a vida no meio em que vivemos com práticas responsáveis que levam para o equilíbrio e promovam o desenvolvimento sustentável. Por isso, tudo o que publicamos, buscamos evidências que comprovem e afirmam o que está destacado no conteúdo.

TIPOS DE CONTEÚDOS:

Notícias: publicações de fatos e acontecimentos do cotidiano que sirvam para a reflexão e para a criação de múltiplos pontos de vista soabre o tema.

Análises: Textos produzidos por especialistas e conhecedores de temas que possam contribuir com a formação da opinião e do discernimento sobre o assunto abordado.

Opinião: Textos produzidos por pessoas com amplo domínio quanto ao assunto tratado.

Pesquisas: Conteúdos de divulgação de resultados de pesquisas que favoreçam para a sustentabilidade tendo como autores profissionais e instituições renomadas que possam certificar originalidade e segurança de resultados.

Conteúdo patrocinado: Informações de interesse público produzidos e distribuídos por empresas ou instituições tendo como finalidade mostrar suas mensagens e ideias dentro do contexto editorial deste periódico.

Fale conosco

SF Comunicação e Marketing

Rua Patápio Silva, 5412 bairro Flodoaldo Pontes Pinto

CEP 76820-618 Porto Velho - RO

WhatsApp: 69 99214-8935

Editor Responsável: Solano de S. Ferreira DRT/RO 1081

E-mail: redacao.mundoemeio@gmail.com

  • Black Facebook Icon
  • Black Twitter Icon
  • Black Instagram Icon

Gratos pelo contato

bottom of page