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Faculdade de Engenharia Química da Unicamp dá início a um projeto para produção de diesel renovável

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • há 2 horas
  • 3 min de leitura

Batizado de "Ethanoil+" a proposta é desenvolver técnicas a partir de equipamentos radicalmente menores e eficientes do ponto de vista energético e ambientalmente mais limpos 

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A Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp deu início nessa sexta-feira (10) a um projeto que deverá tornar mais rápido, barato e sustentável, o processo de obtenção de biodiesel e diesel renovável – o chamado diesel verde – utilizando óleos vegetais e etanol como matérias-primas. Batizado de "Ethanoil+" – o projeto vai desenvolver técnicas de produção e obtenção do biodiesel e diesel verde a partir de equipamentos radicalmente menores, mais baratos, eficientes do ponto de vista energético e ambientalmente mais limpos. 


O projeto será desenvolvido em cinco anos e terá financiamento da Shell Brasil e da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), por meio da Unidade E-RENOVA. 


O engenheiro químico e coordenador do projeto, professor Rubens Maciel Filho, conta que o processo desenvolvido no projeto "Ethanoil+" apresenta grandes vantagens em relação ao processo tradicional: vai utilizar área consideravelmente menor para produção, empregar equipamentos menores e poderá ser montado no local onde a produção do óleo vegetal é realizada. "Uma estrutura de produção, hoje, ocupa espaços grandes, compatíveis com plantas químicas. Nós vamos produzir a partir de uma estrutura equivalente a um contêiner", compara o professor. 


"Com isso, você consegue produzir no local de produção do etanol ou do óleo (que vier a ser utilizado) emitindo menos carbono no transporte das matérias-primas e no transporte do biocombustível, reduzindo significativamente a pegada de carbono", exemplifica. 

Segundo o professor, num espaço de um contêiner podem ser produzidos 10 mil litros por dia. Usando o conceito de adding up (princípio da soma) pode-se aumentar a quantidade a ser produzida, aumentando-se o número de módulos.

 

Ele diz que o projeto vai ser dividido em duas fases. A primeira, de três anos, será utilizada na finalização ou aprimoramento de várias etapas de produção, como transesterificação, separação e obtenção do biodiesel e do diesel verde, dentro das especificações da ANP. A transesterificação é um processo químico que permite que fontes renováveis como óleos vegetais sejam convertidas em um biocombustível de forma eficiente. Os dois últimos anos do projeto serão usados na construção do protótipo. O investimento no projeto pelos órgãos financiadores será de, aproximadamente, R$ 16 milhões. 


Maciel lembra que o projeto parte de matérias primas que o Brasil possui e que produz com eficiência – caso do etanol, por exemplo – seja de milho ou de cana de açúcar. Ou ainda, os óleos vegetais – como a palma ou a soja. 

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Uma vertente do projeto, diz ele, é produzir biodiesel que pode ser misturado ao diesel fóssil, seguindo as normas da ANP. A outra é utilizar o diesel renovável para substituir inteiramente o diesel fóssil. "Ele (diesel renovável) pode ser misturado ao fóssil, mas também pode ser usado diretamente no motor diesel. Não há restrição de quantidades que ele pode ser misturado", informa. 


Maciel diz estar otimista quanto ao futuro do projeto. "Os testes iniciais que deram origem à patente nos deixaram muito satisfeitos e confiantes de chegar a um protótipo que consiga alta produção e, ao mesmo tempo, com resiliência, ou seja, que possa ser utilizado com vários tipos de óleos", finaliza o professor. 


O projeto teve como ponto de partida uma patente de invenção de propriedade da Unicamp, cujos inventores são Rubens Maciel Filho, Maria Regina Wolf Maciel, Nívea de Lima da Silva e Cesar Benedito Batistella.

 

Texto: Tote Nunes – SEC UnicampFotos: Lúcio Camargo – SEC Unicamp

 

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