Navio com guindastes elétricos de pátio e cais parte da China rumo ao Tecon Santos

Dois portêineres e oito RTGs elétricos adquiridos pela Santos Brasil deixaram a China a bordo do navio Zhen Hua 28, com destino ao Tecon Santos. Fabricados pela chinesa ZPMC, os equipamentos fazem parte do projeto de ampliação, modernização e descarbonização do terminal, que soma investimentos de cerca de R$ 300 milhões. A chegada está prevista para a primeira quinzena de janeiro.

Zhen Hua 28 já deixou a China rumo ao Brasil com os equipamentos montados

Os novos portêineres, com 50 metros de altura e lança de 70 metros, contam com tecnologia TPS, que posiciona com precisão as carretas para embarque e descarga. Além disso, poderão ser operados remotamente, permitindo que operadores trabalhem do centro administrativo, em ambiente mais seguro e ergonômico. Cada equipamento é capaz de movimentar simultaneamente dois contêineres de 20 pés cheios, com capacidade total de até 100 toneladas.

Os RTGs que vêm ao Brasil se somam às oito unidades elétricas já em operação no terminal. Esse modelo de última geração permite operação remota, iniciada no fim de 2024, e reduz em cerca de 20 toneladas por mês as emissões de CO² por equipamento. A substituição gradual dos modelos a diesel por 30 novas unidades elétricas deve cortar 97% das emissões desse tipo de máquina, evitando que 713 toneladas de CO² sejam lançadas na atmosfera mensalmente.

O projeto de modernização do Tecon Santos começou em 2019 e prevê investimentos de R$ 3 bilhões até 2031, alinhados ao Plano de Transição Climática da empresa, que busca atingir emissões líquidas zero até 2040.

Segundo Bruno Stupello, diretor de Operações de Terminais Portuários de Contêineres da Santos Brasil, os investimentos combinam tecnologia, produtividade e melhores condições de trabalho. Os novos RTGs contam com 23 câmeras, laser scanners, sensores e operação assistida por automação, controlados por joysticks em mesas com múltiplas telas.

O Zhen Hua 28 segue viagem com os equipamentos embarcados já montados no convés. Após a atracação, eles serão descarregados por trilhos conectados ao cais. A operação padrão deve começar em fevereiro, enquanto a operação remota depende de testes e treinamentos que podem durar até um ano.