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BNDES apoia com R$ 100 mi o 1º projeto de restauração produtiva em larga escala de áreas degradadas da BA, PA, RO e MT

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • 27 de out.
  • 3 min de leitura

Um projeto inovador aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES) pretende simultaneamente gerar renda para agricultores e recuperar 2,75 mil hectares de áreas degradadas. A iniciativa é do Grupo Belterra e envolve a implantação de sistemas agroflorestais (SAFs), com base no cacau, em parceria com pequenos e médios produtores rurais da Bahia, Pará, Rondônia e Mato Grosso. O financiamento do BNDES, no valor de R$ 100 milhões, será viabilizado com recursos do Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).


O contrato foi assinado na manhã desta sexta-feira, 10, durante o seminário “BNDES Florestas do Brasil por todo o planeta”,  na sede do Banco, no Rio de Janeiro. O evento reúne agentes públicos e privados para discutir o papel da restauração e da bioeconomia no desenvolvimento do país — e serve de palco para o lançamento do BNDES Florestas, plataforma que organizará e dará visibilidade às iniciativas do Banco no setor.


Os SAFs buscam mesclar em uma mesma área diferentes culturas agrícolas e espécies florestais capazes de estabelecer uma relação harmônica. Para ser efetivo, esse sistema deve ser desenhado levando em consideração solo, clima, mercado, composição de espécies, arranjos, custos, entre outros fatores. Um SAF bem-sucedido garante o uso sustentável da terra, o aumento da produtividade e a maior resiliência das paisagens agrícolas. Sua implantação valoriza a natureza, preserva o ecossistema, reduz o gasto com insumos e gera um produto de alta qualidade.


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Contrato de financiamento foi assinado na sede do BNDES - Foto: Jaqueline Machado/BNDES


Além dos R$ 100 milhões provenientes do Fundo Clima, o projeto conta com aporte de R$ 15 milhões em recursos próprios do Grupo Belterra e mais R$ 20 milhões captados junto ao Amazon Biodiversity Fund (ABF), um fundo de impacto, criado em 2019, para grandes investidores administrado pela Impact Earth em colaboração com a  U.S. Agency for International Development (USAID) e o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT). 

“Nesta operação com o Grupo Belterra, o BNDES une crédito, inovação e inclusão para transformar áreas degradadas em polos de floresta e alimento. É um modelo que gera renda para pequenos produtores e combate as mudanças climáticas, mostrando que a restauração ecológica é também uma oportunidade econômica para o Brasil”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.


Com polos operacionais em diferentes estados, o Grupo Belterra espera plantar 2,9 milhões de mudas no novo projeto. Principal fonte de renda do projeto, o cacau é uma espécie de ciclo longo, com produção a partir de três anos, com altíssima demanda no mercado internacional. Além do cacau, também são previstas receitas com a plantação de mandioca e banana, espécies que possuem um ciclo mais curto.


Os agricultores terão acesso a financiamento e assistência técnica para a implantação do SAF. Além disso, contarão com a garantia de escoamento da produção, o que lhes dá maior previsibilidade em relação à geração de renda e uma menor exposição aos riscos climáticos. 


"Nosso modelo de negócio busca superar os principais desafios para a implantação deste tipo projeto. Além de oferecer novos arranjos produtivos como alternativa para pequenos agricultores, são empreendidos esforços para conectar a produção à demanda de grandes empresas do setor alimentício. Essa abordagem viabiliza a reparação dos danos ambientais e a restauração das terras degradadas, ao mesmo tempo que traz sustentabilidade econômica para o agricultor", explicou Valmir Ortega, CEO da Belterra Agroflorestas. 


Créditos de Carbono - Outro resultado esperado é a remoção de emissões anuais de 232,5 mil toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e/ano), o que permite a originação de créditos de carbono pelo projeto apoiado pelo BNDES.


Fundo Clima – Criado em 2009, o Fundo Clima está vinculado ao MMA e é administrado pelo BNDES, que atua como gestor na aplicação dos recursos reembolsáveis. Ele é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo de natureza contábil com a finalidade apoiar projetos ou estudos e financiar empreendimentos, aquisições de máquinas e equipamentos e inovações tecnológicas que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.


O projeto do Grupo Belterra foi acolhido pelo Fundo Clima na modalidade Florestas Nativas e Recursos Hídricos. Ela prevê o apoio à conservação, recuperação e gestão responsável de florestas e a promoção da mitigação climática, da sustentabilidade ambiental, da disponibilidade de água, da proteção e do uso sustentável da biodiversidade e da resiliência às mudanças climáticas.


Após quatro anos de queda no desempenho, o Fundo Clima foi retomado e reformulado em 2023. Houve ampliação do conjunto dos itens financiáveis e alteração de custos financeiros como taxas de juros e prazos de amortização. Desde então, diversos recordes foram registrados e uma série de programas vem sendo impulsionados. Desde 2023, foram aprovadas ou contratadas, 9 operações para florestas que somam R$ 963 milhões.

Foto: Grupo Belterra / Divulgação
Foto: Grupo Belterra / Divulgação

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