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Estudo revela: desmatamento da Amazônia já causa perdas bilionárias à economia brasileira

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • há 4 horas
  • 2 min de leitura

Da energia ao agronegócio, a destruição da floresta compromete serviços vitais para o país

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Foto: Agência Brasil


A Floresta Amazônica não é apenas um patrimônio ambiental, mas um ativo econômico de valor inestimável para o Brasil. Um novo relatório do Climate Policy Initiative (CPI/PUC-Rio) e do projeto Amazônia 2030 mostra como o desmatamento da Amazônia impacta os chamados rios voadores — correntes de umidade formadas pela evapotranspiração da floresta — e comprometem água e estabilidade climática em diversas regiões do país. 


De acordo com o estudo, a derrubada da floresta já gera prejuízos anuais bilionários, especialmente no setor elétrico. Somente as hidrelétricas de Itaipu e Belo Monte perderam juntas potencial de gerar 3.700 GWh por ano, o equivalente ao consumo de energia elétrica de todo o estado de Rondônia, o que representa mais de R$ 1 bilhão em perdas anuais.


Impactos em múltiplos setores


O relatório revela que os efeitos do desmatamento ameaçam também outros setores,além da energia:


  • Abastecimento de água: sistemas críticos, como o Cantareira (SP), estão no caminho dos rios voadores e podem ter sua oferta comprometida especialmente em períodos de seca.

  • Agropecuária: dependente da chuva, a produção de soja, milho e cana-de-açúcar sofre riscos crescentes; as perdas decorrentes das secas somaram R$ 186 bilhões entre 2013 e 2022.

  • Incêndios: a redução das chuvas diminui a resiliência da vegetação, ampliando os riscos de queimadas que já afetaram mais de 30 milhões de hectares em 2024.

  • Hidrovias: estiagens recordes têm prejudicado o transporte de grãos, potencialmente impactando a competitividade do Brasil no comércio internacional.


Floresta em pé como estratégia nacional


Os pesquisadores alertam que, até 2050, até 47% da floresta pode sofrer distúrbios que comprometeriam de forma irreversível a oferta de serviços ecossistêmicos. "A proteção da Amazônia não é apenas uma pauta ambiental, mas um imperativo estratégico para a segurança energética, hídrica e alimentar do Brasil", afirmam os autores Gustavo Pinto e João Pedro Arbache, do CPI/PUC-Rio. 


O estudo reforça que políticas públicas de combate ao desmatamento — como o PPCDAm, responsável por reduzir a taxa de destruição da floresta em cinco vezes entre 2004 e 2014 — são fundamentais para manter o país em rota de crescimento sustentável.Para baixar o estudo completo, clique aqui.


Sobre o Amazônia 2030


O Amazônia 2030 é uma iniciativa conjunta do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, em parceria com a Climate Policy Initiative (CPI) e o Departamento de Economia da PUC-Rio, conduzida por pesquisadores brasileiros para desenvolver um plano de ações para a Amazônia. O objetivo é apontar caminhos para que a região dê um salto de desenvolvimento econômico e humano, mantendo a floresta em pé, nos próximos anos.


Sobre o Climate Policy Initiative


O Climate Policy Initiative (CPI) é uma organização com experiência internacional em análise de políticas públicas e finanças, que possui sete escritórios ao redor do mundo. No Brasil, é afiliado à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e atua no aprimoramento de políticas públicas e finanças sustentáveis a fim de promover a transição para uma economia de baixo carbono. O CPI/PUC-Rio desenvolve análises baseadas em evidência e estabelece parcerias estratégicas com membros do governo, da sociedade civil, do setor privado e de instituições financeiras.  

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