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Governo destrói o dobro dos alvos previstos e impõe prejuízo milionário ao garimpo na TI Kayapó

  • Foto do escritor: Solano Ferreira
    Solano Ferreira
  • 31 de jul.
  • 3 min de leitura

Mais de 1.300 estruturas ilegais foram inutilizadas em operação que superou metas e reduziu em 95% os alertas de desmatamento na região

Agência Gov | Via Casa Civil
Agência Gov | Via Casa Civil

A primeira etapa da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Kayapó (OD-TIKAY), no Pará, encerra-se com resultados expressivos no combate ao garimpo ilegal, proteção dos povos indígenas e preservação ambiental. Com atuação integrada de mais de 20 órgãos federais, a operação superou o número de alvos inicialmente previstos e consolidou-se como uma das maiores ações já realizadas pelo Estado brasileiro contra atividades ilegais na Amazônia.


Desde o início das ações, em maio deste ano, foram identificados e inutilizados 1.384 alvos de garimpo ilegal, o dobro da meta inicial (650). As ações causaram prejuízo estimado de R$ 97,3 milhões às atividades criminosas, com a destruição de estruturas e apreensão de combustível, equipamentos e ouro.


“A operação reafirma o compromisso do Governo Federal com a proteção dos povos indígenas, o enfrentamento ao crime organizado e a defesa da Amazônia”, afirma o coordenador-geral da operação, Nilton Tubino. “E neste momento, após três meses de sua primeira fase, ela se consolida como uma das maiores ações integradas do Estado brasileiro contra o garimpo ilegal na Amazônia”, acrescenta.


Principais resultados da primeira etapa:


• Estruturas de garimpo e maquinários clandestinos inutilizados: 967 barracos, 117 acampamentos, 406 motores, 25 escavadeiras hidráulicas;

• 686 ações de campo: terrestres, aéreas e fluviais;

• Queda de 96% dos alertas de garimpo desde o início da operação;

• 95% de redução nos alertas de desmatamento;

• R$ 164,5 mil em multas aplicadas;

• 22,8 mil litros de óleo diesel inutilizados;

• 63 gramas de ouro apreendidas;

• 257 kg de cocaína e 238 kg de pasta-base apreendidos nas rodovias federais da região;

• 4 caminhões carregando 217 m³ de madeira ilegal apreendidos.

Além disso, os rios da região, como o Rio Fresco, já mostram sinais de recuperação ambiental, com melhoria na qualidade da água após a remoção de dragas.


Permanência e plano de sustentabilidade


A Força Nacional e a Funai permanecerão na área para impedir o retorno de invasores. Paralelamente, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) apresentará às comunidades locais o plano de sustentabilidade para o território no pós-desintrusão.

Segundo Marcos Kaingang, secretário nacional de Direitos Territoriais Indígenas do MPI, a operação “demonstra a importância e a necessidade de o Estado brasileiro proteger as terras indígenas e os povos que nelas habitam, garantindo o usufruto exclusivo e o bem-estar social e cultural das comunidades que pertencem a esse território, conforme prevê a Constituição Federal”, afirmou.


Decisão judicial


A operação atende à determinação do Supremo Tribunal Federal na ADPF 709, que exige a retirada de invasores de terras indígenas para proteger os povos originários e conter o avanço do garimpo ilegal. Segundo o STF, a permanência de não indígenas representa grave ameaça à vida, à saúde e à integridade dos territórios.

Esta é a oitava operação conduzida pelo governo, dentro do cronograma proposto para desintrusões, incluindo ações ainda em curso na Terra Indígena Yanomami.


Sobre a Terra Indígena Kayapó


Homologada em 1991, a TI Kayapó ocupa 3,28 milhões de hectares nos municípios de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach, no Pará. Abriga 6.365 indígenas dos povos Mebengôkre (Gorotire, Kôkraimôrô e Kuben Kran Krên) e Índios Isolados do Rio Fresco, distribuídos em 67 aldeias.

A OD-TIKAY é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e envolve os ministérios da Defesa; Justiça e Segurança Pública; Povos Indígenas; Trabalho e Emprego; AGU; SECOM-PR; além de órgãos e autarquias federais como ABIN, PF, PRF, Funai, Ibama, Força Nacional, ANAC, ANTT, ANP e Censipam.



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