Pela primeira vez desde o início da série histórica do MapBiomas Alerta, iniciada em 2019, todos os biomas do Brasil registraram, em um mesmo ano, redução ou estabilidade na área de desmatamento. É o que aponta a nova edição do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), que será lançada nesta quarta-feira (15/05/2025). Os dados se referem ao ano de 2024 e indicam um recuo de 32,4% na área total desmatada em comparação com 2023.

Mato Grosso do Sul enfrenta em 2024 um dos piores cenários ambientais dos últimos anos, com 2.057.400 hectares devastados pelo fogo, um aumento superior a 55% em comparação aos 1.328.700 hectares registrados em 2023. Os focos de calor também tiveram alta expressiva, mais que dobrando em um ano: passaram de 4.592 para 11.993. Os dados foram apresentados durante o lançamento da 13ª edição da campanha Fogo Zero, promovida pela Reflore-MS, em Campo Grande.

O desmatamento  caiu 33% em todo o Brasil no ano de 2024, segundo dados do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD) da rede MapBiomas,  divulgado nesta quinta-feira (15). Este foi o segundo ano consecutivo de queda - em 2023, o recuo foi de 11,6% em comparação a 2022. Conforme o relatório, em cinco dos seis biomas brasileiros, o desmatamento somou 1.242.079 de hectares em 2024, contra 1.829.597 em 2023.

O desmatamento no Cerrado atingiu 652 mil hectares em 2024, uma redução de 41% em relação a 2023, quando foram registrados 1,1 milhão de hectares desmatados. Os dados são do RAD (Relatório Anual do Desmatamento no Brasil), divulgado nesta quinta-feira, com informações produzidas por pesquisadores do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). 

Diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, a diversificação de cultivos através da consorciação de culturas agrícolas com plantas de cobertura, como gramíneas e leguminosas, tem se mostrado uma estratégia promissora para reduzir as emissões de gases de efeito estufa associadas à monocultura. Essa prática não só contribui para a sustentabilidade do sistema agrícola, mas também promove a saúde do solo e aumenta a resiliência das plantações.

o Brasil registrou 912,9 mil hectares queimados. O dado faz parte da nova atualização do Monitor do Fogo, iniciativa do MapBiomas que utiliza imagens de satélite para mapear e quantificar a extensão das áreas queimadas em todo o território nacional. O número representa uma redução de 70% em relação ao mesmo período de 2024, o que equivale a 2,1 milhões de hectares a menos queimados.

O réptil não venenoso e arbóreo é nativo de um dos biomas mais diversos do país, o Cerrado.